08 January 2013

Campanha Aprendiz com Deficiência

Pela proposta, hospitais e empresas do setor da saúde devem oferecer estágios remunerados para pessoas com deficiência.


Este é mais um passo para fazer valer a lei que garante benefícios às pessoas com deficiência. O projeto é uma parceria entre o Conselho Federal de Medicina (CFM), a Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e o deputado federal Romário (PSB-RJ).

Uma cartilha chama os empresários da saúde de todo o país a abraçar a causa. A publicação será encaminhada aos diretores e donos dos quase sete mil hospitais de todo o país, na expectativa de angariar adesão à proposta. 
  
Na opinião de Romário, “a cartilha mostra que as pessoas com deficiência são capazes de trabalhar”. 

Dados apontam a existência de 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, o equivalente a 24% da população. “A lei de cotas pretende criar, em quatro anos, cerca de 150 mil vagas para portadores de necessidades especiais, o que é pouquíssimo”, considera o membro da Comissão de Ações Sociais do CFM, Ricardo Paiva.


SÍndrome de Down

Um exemplo de inserção profissional é contado pela auxiliar de escritório Eloísa Brick. Com Síndrome de Down, ela desempenha funções essenciais na empresa para a qual trabalha há cinco anos: " É bom para as minhas metas, o meu projeto na vida adulta, pelos ótimos desafios que me oferece e porque me faz feliz. Me sinto ótima funcionária, porque posso colaborar com as pessoas".

A Cartilha 

O lançamento da cartilha ocorreu durante sessão solene em homenagem ao Dia Internacional das Pessoas com Deficiência (3 de dezembro de 2012). Diversas autoridades elogiaram a iniciativa da Campanha Aprendiz com Deficiência.


A chance de trabalho foi destacada no evento como fundamental, mas é preciso que a pessoa com deficiência também compreenda o seu potencial. O coordenador do Programa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência da empresa Serasa S/A, João Ribas, afirma que a exigência hoje no mercado é grande. “Quando se contrata uma pessoa se contrata para que de fato ela alcance as metas. Por isso falar de aprendizagem é absolutamente fundamental. Por nós, que temos deficiência, temos também saber que temos um papel dentro disso. A inclusão é um caminho de mão dupla: precisamos que abram as portas para nós, mas também temos que aprender a trabalhar”.