22 March 2013

Recital para celebrar o Dia da Síndrome de Down




Para lembrar o Dia Internacional da Síndrome de Down, professores e alunos do Centro de Educação Musical Semitom realizaram uma apresentação de violão para os alunos, pais, professores e funcionários da APS Down. Após a apresentação, os alunos foram recepcionados com um lanche especialmente preparado para este dia. 
Além de homenagear a simbólica data, o recital levou alegria e diversão aos portadores da síndrome de Down, e lembrou as as pessoas da importância da inclusão e valorização do próximo.
O Dia Internacional da Síndrome de Down é lembrado em todos os países membros da ONU.

Agência Digital ICOMP (www.icomp.com.br).



22/03/2013

Estudantes de escola de música se apresentaram para crianças e adolescentes atendidos na APS-Down
Fotos: César Augusto
Cerca de 30 pessoas acompanharam com atenção a apresentação
Atividade foi realizada ontem de manhã, na sede da entidade
Um recital com a participação de crianças e adultos foi responsável por dezenas de sorrisos na Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down (APS-Down), na manhã de ontem. O evento celebrou o Dia Internacional da Síndrome de Down. Cerca de 30 alunos, entre crianças e adolescentes, prestigiaram a apresentação musical ao lado dos pais, responsáveis e professores.

"Achei tudo lindo. Eles cantam bem. Deu para dançar com meus amigos, me diverti bastante", comentou Kemely da Silva Breves, de 9 anos, moradora do Jardim Primavera (zona norte) e aluna da entidade desde bebê.

"Eles poderiam vir sempre que a gente ia adorar", destacou Lucas Siqueira, de 14 anos, morador do Jardim Maracanã (zona norte), que também frequenta a entidade desde bebê. Diante da empolgação do filho, a dona de casa Marilza Siqueira disse que pensa em matricular o menino em uma escola de música. "Foi uma ideia ótima trazer o grupo para tocar. Assim como para qualquer outra criança sem a síndrome, a música tem um efeito enorme na vida deles", ressaltou.

Sobre o atendimento na Aps-Down, a dona de casa contou que este é o único momento em que o menino tem a oportunidade de estar com outros adolescentes e receber apoio pedagógico para seu desenvolvimento, já que até agora ela não conseguiu vaga para o menino no ensino regular.

"A sociedade ainda não está preparada para o meu filho e por isso é tão importante a lembrança dessa data, para que a população e o governo se deem conta de quantas coisas ainda precisam ser modificadas para que eles sejam, de fato, incluídos na prática e não só na teoria", ressaltou a mãe.

De acordo com a professora e proprietária da Escola de Educação Musical Semitom, Michelle Campos, a iniciativa de realizar o recital na APS-Down surgiu após acompanhar a rotina de um primo que tem a síndrome. "Eu sei o quanto o tema da inclusão ainda precisa ser trabalhado nas pessoas e o primeiro passo para essa mudança é justamente com as crianças", explica. "E resolvi iniciar esse trabalho, para promover essa integração entre as crianças ditas normais e com a síndrome. O resultado é melhor do que eu esperava."

Gabriel Barreiros, de 7 anos, é aluno de Michelle nas aulas de violão e diz ter gostado da experiência. "Eu já tinha visto crianças com Síndrome de Down, mas não sabia o que era direito. Hoje conheci os alunos e foi bem legal, porque percebi que, apesar de algumas limitações, eles são iguaizinhas a mim."

Além do recital, outras atividades foram programadas pela entidade em comemoração à data, como brincadeiras e apresentação de um coral dos alunos da UEL. Para a diretora da APS-Down , Ivone Ferreira, o evento tem importância fundamental para manter o tema em discussão pela sociedade.

A associação, fundada em 1993, atende 136 alunos, de 0 a 60 anos, no período da manhã e tarde, de Londrina, além de Cambé, Ibiporã e Tamarana, oferecendo atividades de apoio pedagógico, Educação de Jovens e Adultos (EJA), atendimento clínico com terapeutas ocupacionais, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, além de assistentes sociais.

A manutenção da entidade filantrópica é realizada por meio de convênios com o governo estadual e com o Sistema único de Saúde (SUS), contribuição de voluntários e realização de eventos.

Cada criança tem o custo de, aproximadamente, R$ 800 e como nem sempre a entidade consegue arrecadar recursos suficientes para as despesas, a APS-Down está constantemente buscando patrocinadores.


Fonte: 
Folhaweb Fernanda Carreira